“Aos que acreditam que nas situações-limite começam as possibilidades, dedico este trabalho”. 

Esta foi a dedicatória que a professora Ana Maria Gomes de Almeida fez para o livro “Discursos sobre Leitura entre Professores”, resultado da sua pesquisa de doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para quem se interessa pela área da educação e quer aproveitar o momento de quarentena para expandir o conhecimento, uma boa sugestão é se aprofundar nos detalhes desta pesquisa, baixando sua edição completa através da Editora Unifeso (baixe aqui). Tal reflexão contribui de forma significativa com a melhoria da Educação Básica, por localizar problemas cruciais na formação de professores e indagar sobre possíveis caminhos e soluções.

Segundo a autora, que é diretora do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), a proposta da obra foi partir da premissa de que ‘todo professor é professor de leitura’.

Através de entrevistas, coletivas e individuais, com professores do sexto ano de duas escolas municipais em Teresópolis, ela buscou saber como estes docentes se sentiam em relação a esta premissa. Ela ouviu sobre as histórias pessoais de leitura, de cada um, e depois realizou um fórum para discutir o que foi apresentado. Os resultados estão na edição do livro, lançado em 2017 na Série Teses da Editora Unifeso. 



A internet era a "grande inimiga" na sala de aula?

Trazendo esta reflexão para o atual momento em que vivemos, a professora Ana Maria destaca algumas questões com as quais se deparou há cerca de dez anos, quando trabalhava em sua tese de doutorado. “Quando eu ouvi dos meus colegas afirmações do tipo ‘A internet é a minha grande inimiga na sala de aula’, fiquei bastante intrigada, até hoje estou. Por conta disso, como concluinte do curso de especialização em Tecnologia da Informação e Comunicação do Unifeso, resolvi então fazer uma pesquisa, novamente nas mesmas escolas, usando uma metodologia bem mais simples, para saber dos professores: o que eles entendem como leitura, como se veem em relação a isso, se existe uma política municipal de leitura e quais as sugestões que eles dão", conta.

“Eu não tenho a menor dúvida que este é um ponto que cada vez mais temos que discutir e aprimorar no magistério, metodologicamente falando. De repente, nós, educadores, temos que nos dar conta de que precisamos trabalhar com a tecnologia da informação e comunicação, sendo que esta frase ‘trabalhem com a tecnologia’ já nos foi dita”, lembra a doutora. 

E neste delicado momento em que se faz tão necessária a comunicação por meio das mais modernas ferramentas de comunicação, a professora Ana Maria reforça a reflexão: “aos que acreditam que nas situações-limite começam as possibilidades, dedico este trabalho”, sugerindo que educadores e interessados leiam o livro e, se possível, deem a ela um retorno, que pode ser pelo e-mail anamariaalmeida@unifeso.edu.br. 



Por Giovana Campos