Vinicius Baltar de Araújo, egresso do curso de Fisioterapia e fisioterapeuta do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), participou do II Congresso Internacional de Paralisia Cerebral, realizado de 29 de abril a 2 de maio, em Campinas. O evento proporcionou educação científica multidisciplinar para os profissionais de saúde e promoveu com excelência as mais atuais pesquisas e atenção clínica de boas práticas para crianças e adultos com paralisia cerebral.

O programa multidisciplinar diversificado abrangeu diversas grandes áreas relacionadas ao cuidado da criança e do jovem com Paralisia Cerebral, dentre elas: mobilidade; autocuidado; alterações musculoesqueléticas e dor; comunicação; uso das mãos; manejo da espasticidade; brincar, lazer e participação social; inclusão escolar; alimentação: disfagia e nutrição; sono; cuidados neonatais; adolescência e vida adulta; esporte; diagnóstico e terapias complementares. O evento contou com a participação de especialistas reconhecidos internacionalmente por promover a excelência na pesquisa e na atenção clínica de boas práticas para crianças e adultos com paralisia cerebral. Destacando a Terapeuta Ocupacional Iona Novak, co-fundadora e chefe do Cerebral Palsy Alliance Research Institute, afiliada à Universidade de Sydney, que tem um histórico importante na geração e tradução de novos conhecimentos na área de intervenções na paralisia cerebral e o Dr. Peter Rosenbaum, professor de Pediatria da McMaster University, fundador do grupo CanChild - Canadá, reconhecido mundialmente pela sua contribuição na disseminação do conhecimento na área da deficiência na infância, além de ser um exemplo de ser humano.

“Participar de um evento de tamanha qualidade, com certeza, é de um valor imensurável. O Unifeso está sempre nos incentivando para capacitação e educação permanente. Nesses três dias pude viver imerso no que se tem de mais atual no cenário das pesquisas em saúde e nos cuidados às pessoas com paralisia cerebral. Foram momentos de reflexão, de aprendizado, de trocas, de risadas e de choros também. Tive a oportunidade de conhecer de perto e de ouvir não só profissionais que se dedicam incansavelmente para a ciência, mas também o prazer de ouvir o relato das próprias crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral e dos seus familiares. Volto pra casa com o desejo de colocar ainda mais em prática o que eu já vinha trabalhando e, sem dúvidas, que precisamos ter nossa atuação baseada em evidências”, relatou Vinicius, que atua como fisioterapeuta na clínica-escola de Fisioterapia do Unifeso.

Ele destacou que a participação da família no processo terapêutico dos pacientes com paralisia cerebral é extremamente importante. “Após essa experiência, eu percebo que as crianças com deficiência e o seu grupo familiar precisam ser sempre os protagonistas de qualquer tratamento. Nós, profissionais da saúde, somos apenas mediadores dos seus objetivos e das futuras conquistas. A inclusão das pessoas com deficiência precisa ser dita, vivida e colocada em prática pra já!”, enfatizou.

O II Congresso Internacional de Paralisia Cerebral contou com conferências, mesas-redondas, casos clínicos interativos, encontros com especialistas, simpósios e oportunidades para aprendizagem e atualização de conhecimento.

Por Juliana Lila