Quem é da área da saúde ou um dia teve que acompanhar uma criança no pronto-socorro já deve ter reparado que, em algum momento, o pediatra para e faz uma série de continhas para prescrever a medicação. Uma tarefa que pode vir a ser otimizada através da iniciativa do estudante Marlon Mazzine, do quarto ano do curso de Ciência da Computação do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso).

Ele criou uma calculadora para auxiliar os pediatras, principalmente os que atuam em emergências, onde cada minuto é importante. Trata-se de uma plataforma de acesso gratuito que inclui grande parte das medicações de emergência para crianças, onde basta inserir o peso e a idade para obter cálculos como a via, a diluição, a dose e o volume do medicamento a ser administrado. O projeto foi idealizado e colocado em prática por Marlon junto com a sua esposa, Thais Figueiredo, egressa do curso de Medicina do Unifeso e residente em Pediatria no Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO). Confira aqui.

“Observando o trabalho da minha esposa, vi que os pediatras perdem muito tempo fazendo contas, tempo este que é essencial numa situação de emergência. Resolvi criar algo que pudesse ajudá-los e, consequentemente, trazer melhorias ao serviço da saúde. Trabalhamos juntos, ela me mostrou as necessidades, concentrações e doses de medicações, as particularidades de cada remédio”, revela Marlon, que também contou com a ajuda da pediatra Thais Dias Ramos, também formada pelo Unifeso.

Segundo ele, a divulgação da plataforma está sendo feita "boca a boca" pela internet e em grupos de WhatsApp. “Em um dia já fomos divulgados em grupos do país inteiro e já recebemos e-mails de vários estados do país”, comemora o estudante, que pretende “contribuir para agilizar o dia a dia desses profissionais, principalmente nesta época de pacientes críticos”.

Atualmente, Marlon está trabalhando na criação de um aplicativo para Android e IOS e tem outros projetos na saúde, inclusive um programa de rotina de pré-natal de baixo risco para PSFs. Para tudo isso, ele conta que o curso de Ciência da Computação tem o auxiliado com a parte técnica do projeto, além de o incentivar a sempre inovar.





Por Giovana Campos