Unifeso - Feso leva informações do novo coronavírus para a comunidade acadêmica

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Feso leva informações do novo coronavírus para a comunidade acadêmica

12-03-2020

Diante da necessidade rápida de adoção de medidas de prevenção sobre a doença respiratória causada pelo novo Coronavírus (Covid-19), o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), através da direção do Centro de Ciências da Saúde (CCS), em parceria com a Prefeitura Municipal de Teresópolis, através da Secretaria Municipal de Saúde (Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde - COAPES), organizaram um evento para oferecer atualização, informação e orientação para toda a comunidade acadêmica. As palestras aconteceram dias 9 e 10 de março, nos campi Antonio Paulo Capanema de Souza, no Alto, e Quinta do Paraíso, na Prata, em duas sessões: às 10h e às 17h.

No dia 9 de março, o evento contou com os palestrantes Dr. Luiz Guilherme Peixoto do Nascimento, médico sanitarista da Prefeitura Municipal de Teresópolis e professor do Unifeso; Dra. Mariana Tayt-Sohn Martuchelli Moço, médica infectologista do Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e médica infectologista, atuando na Divisão Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde; Raquel Coelho de Oliveira, enfermeira membro da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO); e Renata Pereira Azevedo, enfermeira da Divisão Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Teresópolis. Já no dia 10, o público contou com as palestras da Dra. Denise Marangoni, médica de controle de infecção do HCTCO e professora do Unifeso; da enfermeira Raquel Coelho de Oliveira; da enfermeira Juliana Kisling Ventin, chefe do Núcleo de Vigilância Hospitalar do HCTCO; e de Aline Goulart Braz, técnica de enfermagem do Hospital Santa Tereza, de Petrópolis.

Segundo o Dr. Luiz Guilherme, há uma íntima relação das mudanças climáticas com o surgimento de novas doenças. “Estamos trilhando um caminho desconhecido. Então, temos mais perguntas do que respostas. Em compensação, nunca se pesquisou tão intensamente uma doença nova em tão pouco tempo. O mundo todo faz pesquisas e o Brasil tem feito pesquisas importantes sobre o novo coronavírus” destacou.

Dentre as informações ressaltadas nas palestras, está o fato de os casos mais graves registrados serem os de pacientes com idade acima dos 60 anos e com doenças prévias. Cerca de 85% dos pacientes apresentam a doença de forma leve. A lavagem das mãos e o uso constante de álcool em gel também foram pontos abordados como medidas de prevenção à doença.

A Dra. Mariana lembrou que, antes de o primeiro caso do novo coronavírus ser identificado no Brasil, o tema já estava em discussão por aqui. O país fez a identificação mais rápida do mundo do genoma do coronavírus, em apenas dois dias. Além disso, já estão sendo feitos testes de tratamento aqui. A medica destacou que seguir as orientações do Ministério da Saúde é a resolução mais segura, pois o governo tem tratado a questão de forma muito clara.

“Como infectologista, sabemos que os sintomas do novo coronavírus são simples: tosse seca, nariz entupido e febre. O grupo de maior risco contempla idosos, pessoas com doenças prévias e fumantes, que têm 30% de chances a mais de desenvolverem a forma grave do Covid-19, que pode evoluir para uma pneumonia severa. Não há um tratamento específico. O que se pode fazer, até o momento, é controlar os sintomas o tempo suficiente para que o próprio corpo responda à infecção viral”, explicou a Dra. Mariana. 

Ela disse que a grande maioria dos casos será de sintomas leves e que a transmissão do vírus é feita por gotículas. “Todas as vezes que tossimos e espirramos saem pequenas gotinhas de saliva ou de secreção, e elas não ficam no ar, elas caem porque são mais pesadas do que o ar. Aí é que está o risco do novo coronavírus. Supõe-se que o vírus pode sobreviver até nove dias em uma superfície. Então, por nove dias, as pessoas que passarem a mão naquela superfície podem ser contaminadas. A capacidade de transmissão desse vírus é muito grande. Nenhum de nós teve esse novo coronavírus então estamos todos suscetíveis a ele. Por isso que ele preocupa e assusta tanto”, informou a infectologista. 

Dra. Mariana também ressaltou que o medo, para a maioria das pessoas, não precisa existir, mas que a preocupação com a prevenção tem que ser de todos. “Em uma crise mundial, você pensar que o problema é do outro não está certo. Uma hora vai acabar sendo seu também”, lembrou a infectologista.

Por Juliana Lila

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