Unifeso - Exposição de pacientes do Caps de Guapimirim conta com participação do curso de Psicologia

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Exposição de pacientes do Caps de Guapimirim conta com participação do curso de Psicologia

07-06-2022

O Centro Cultural Municipal de Guapimirim promoveu a exposição “A Olho Nu”, que exibiu imagens que contam a história dos manicômios e como os pacientes eram tratados, além do dia a dia dos mesmos na atualidade. A exposição, promovida pelo Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), por meio do curso de Psicologia, em parceria com a Prefeitura de Guapimirim, pretendeu destacar a importância das unidades do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) e dos programas de saúde mental no cuidado com os usuários.

A exposição, com trabalhos dos usuários do Caps de Guapimirim, aconteceu entre os dias 19 e 24 de maio, de forma gratuita, e destacou o legado deixado pela médica psiquiatra brasileira Nise da Silveira em sua luta antimanicomial. “A mostra contou com a organização dos artistas-usuários do Caps, dos trabalhadores da saúde e dos estudantes de Psicologia que, em Guapimirim, realizam seu estágio em Psicologia Social sob orientação da professora Ana Cloe”, contou a professora Ana Maria Brasílio, coordenadora do curso de Psicologia do Unifeso, que, no dia 18 de maio, participou da mesa de abertura junto às autoridades locais. Ela destacou a importância da aprendizagem que se dá a partir das experiências recolhidas nos cenários de prática, um dos diferenciais do curso do Unifeso em seu estágio básico, além de ressaltar a parceria fundamental com o município de Guapimirim. 

“Atuando na prática de estágio, fomos inseridos nas dinâmicas de roda de conversa com usuários do Caps, com o objetivo de favorecer as expressões e os sentimentos e espaço de fala para os usuários. Através da arte, conseguimos transmitir emoções e sensações que talvez fossem impossíveis através de palavras. Com esta premissa, foi idealizado o projeto A Olho Nu, em prol da luta antimanicomial, na busca de garantir que as pessoas que sofrem de transtornos mentais fossem vistas na sociedade para além do diagnóstico mental, permitindo ao público se despir de preconceitos”, explica Elisete Gonçalves de Azevedo, estudante do curso de Psicologia.

Ela conta que a exposição deu aos pacientes uma nova perspectiva. “Esse projeto foi uma das coisas mais legais que fiz na minha vida, no sentido de estar buscando na profissão a liberdade pro paciente. Tenho vários relatos, inclusive o de uma paciente que começou a pintar e a produzir de forma intensa. É bacana percebermos o quanto a arte toca, o quanto ela renasce dentro da gente. Vivi três meses neste projeto, que foi o tempo de coleta de material, de avaliação do acervo do Caps e de reuniões com os usuários. Trabalhamos com cerca de 30 deles, e foram momentos ímpares. Pude experimentar para além da teoria. Foi a primeira vez que os usuários saíram do Caps e promoveram um movimento cultural na cidade. Cerca de 800 pessoas passaram pela exposição, tornando-a um evento de grande proporção e mostrando aos pacientes o quanto eles são capazes”, destaca Elisete. 

Por Juliana Lila

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