Unifeso - Videocirurgia: Unifeso estimula atividades de ensino e pesquisa na área

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Videocirurgia: Unifeso estimula atividades de ensino e pesquisa na área

28-06-2023

A videocirurgia é um campo promissor na área da cirurgia veterinária. Trata-se de uma cirurgia mais moderna, que utiliza um conjunto de microcâmeras e instrumentos delicados, visando o bem-estar do paciente, pois é menos invasiva e provoca menos dor no pós-operatório.

O professor Fernando Luis Fernandes Mendes, do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), é um entusiasta da videocirurgia e relatou sobre as atividades de ensino e pesquisa que já foram desenvolvidas na área na graduação do Unifeso.

“Começamos com a videocirurgia no Unifeso em 2013. Os alunos assistem às videocirurgias feitas aqui e alguns participam e desenvolvem trabalhos a partir desses procedimentos. Tivemos cinco monografias para TCCs e duas para especialização. Fizemos várias cirurgias para o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro por vídeo, por exemplo. Precisávamos fazer um controle populacional de micos e conseguimos esterilizar cerca de 50 animais. A vídeo tem inúmeras vantagens: é mais segura, promove menos dor ao paciente e há menor risco de infeções”, explicou o professor Fernando.

Ele conta que hoje, na medicina humana, não é mais concebível não usar a videocirurgia, e que, em breve, o mesmo vai valer para a medicina veterinária, afinal, a tecnologia não para de evoluir e os custos tendem a baratear. “Recentemente, usei uma pinça de energia ultrassônica em uma videocirurgia, trata-se do que há de mais moderno atualmente e tem uma série de vantagens, dentre elas, diminui o tempo de cirurgia e o risco cirúrgico”, relatou.

Milena Gravino é egressa do curso de Medicina Veterinária e, em 2021, desenvolveu como Trabalho de Conclusão de Curso um relato de caso sobre uma gastrectomia, também conhecida como cirurgia bariátrica, em um cão, por videocirurgia. Provavelmente, trata-se da primeira do tipo realizada no Brasil.

“O Pirulito foi nosso paciente, na época do TCC. A ideia de fazer a bariátrica foi do professor Fernando, e eu topei, porque já tinha uma experiência com ele na videocirurgia. Primeiro treinamos em porcos, em Juiz de Fora, e depois fomos, de fato, realizá-la em um cão. Na época, não achamos nenhum caso de bariátrica em cães na literatura, então, acreditamos que realmente tenha sido o primeiro caso no Brasil”, relata Milena.

Ela conta que foi extraído cerca de um terço do estômago do animal, e que o resultado foi incrível. “Após 97 dias reavaliamos o Pirulito por completo. Ele perdeu mais de 3kg e uma quantidade significativa de tecido adiposo. Consequentemente, ficou um animal mais saudável”, explica.

Milena ressalta que, infelizmente, na veterinária a videocirurgia ainda não é muito usada. “Devemos falar mais sobre a técnica, capacitar mais médicos-veterinários, pois trata-se de uma cirurgia menos invasiva, em que o animal sente menos dor no pós-operatório”, destaca a egressa, que atualmente faz pós-graduação em Cirurgias Abdominais e Pélvicas no CETAC e trabalha em duas clínicas.

Por Juliana Lila


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