Robertta Gitahy Freire se formou em Medicina Veterinária, no Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), no final de 2022, e no primeiro semestre deste ano conquistou o grande feito de passar em 5º lugar no Mestrado em Biodiversidade e Saúde - Laboratório de Helmintos Parasitos de Peixe (LHPP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O mestrado se tornou uma meta quando Robertta estava na metade da faculdade e começou a se encantar por pesquisas científicas.
A egressa tem como linha de pesquisa a taxonomia integrativa de grupos recentes, em especial de trematódeos da família Didymozoidae; helmintos parasitos de peixes de valor econômico. Ou seja, realiza análises morfológicas e genéticas para identificar parasitas encontrados em peixes de valor econômico, como os atuns, bonitos e afins, que são comercializados ao largo da costa do estado do Rio de Janeiro. “O objetivo é identificar espécies que podem acometer a saúde humana no consumo do peixe. Estamos em busca de mais respostas, pois alguns pesquisadores levantam a possibilidade de serem zoonóticos”, explicou Robertta.
Ela diz que deve toda a sua conquista acadêmica e profissional ao noivo, Woodson Leira Cordeiro, que também se formou em Medicina Veterinária no Unifeso e faleceu em abril deste ano. “Vou seguir em frente em memória e honra do meu noivo, que estudou comigo e foi o maior incentivador da minha vida. Tudo o que eu conquistar quero dedicar a ele”, disse Robertta.
A mestranda afirma não ter dúvidas de que o Unifeso lhe proporcionou conhecimentos fundamentais para que pudesse começar no mundo científico e que, futuramente, pretende lecionar. “Poucos na graduação da Veterinária desejam seguir o caminho de pesquisa, que é tão importante. Pretendo ser docente, pois acho que temos que incentivar mais as pessoas para seguirem esse caminho”, enfatizou.
Além da docência, Robertta também tem outros planos futuros. “Pretendo aprofundar meus conhecimentos na área, ingressar no doutorado e trazer contribuições para a ciência, especialmente no que se refere à saúde pública”, concluiu.
Por Juliana Lila
