Unifeso - Caso de Fernando Barone envolve cirurgia e terapias inéditas no HCTCO

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Caso de Fernando Barone envolve cirurgia e terapias inéditas no HCTCO

26-04-2023

A vida, às vezes, nos apresenta desafios complexos, que só vamos conseguir compreendê-los depois que a tormenta passa. Fernando Barone é fisioterapeuta e tem 38 anos. Até janeiro deste ano, tinha uma vida comum como qualquer pessoa da sua idade, dedicada ao trabalho e à família.

Porém, uma falta de ar e uma febre repentinas o levaram ao Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO), onde, através de uma tomografia, descobriu uma pneumonia. Mas o problema não ficou só aí, dois dias depois, Fernando entrava no centro cirúrgico do hospital para encarar uma complexa cirurgia cardíaca. Um exame de ecocardiograma apontou uma alteração rara, como se fosse um descolamento da parte interna do coração, que foi encarada como uma infecção no músculo, ou seja, uma endocardite. O fato é que isso podia provocar sua morte a qualquer momento, por desprendimento dessa parte do coração ou por uma embolização para qualquer parte do corpo, inclusive para o cérebro.

Ele passou por uma cirurgia complexa e de emergência, feita pelo Dr. Henrique Coutinho, que envolveu a limpeza de toda a parte interna do coração associada à descoberta de uma lesão em uma válvula. A cirurgia foi longa, só de parada cardíaca, em que se faz uma circulação extra corpórea para que se possa mexer no coração, foram 4 horas e meia.

Dr. Rodrigo Bottino, cardiologista, intensivista e coordenador da Unidade Cardiointensiva (UCI) do HCTCO, e o Dr. Leonardo Pontes de Lima, médico intensivista, foram os responsáveis pelo tratamento e acompanhamento de Fernando. “Foi necessária muita medicação para poder manter os vasos e o débito cardíaco, e precisamos usar toda a tecnologia oferecida pelo hospital. O quadro acabou evoluindo para uma disfunção renal e necessidade de diálise, então o serviço de nefrologia conseguiu se superar, colocando uma modalidade de diálise que só os grandes hospitais do Rio de Janeiro têm, que é uma diálise contínua. Fernando também precisou usar diversos antibióticos para tratar infecções pulmonares, demorou a acordar e teve que ser traqueostomizado. Aos poucos foi desmamando da ventilação mecânica, diminuindo as medicações para o coração e as que aumentavam a pressão. Ele foi nutrindo, fortalecendo-se, espaçando as diálises e respirando por conta própria”, contou Dr. Rodrigo.

Após dois meses de UCI e quase três de internação, no dia 20 de abril, Fernando teve alta. “Ele sai do hospital com uma boa função cardíaca, com a válvula metálica em bom funcionamento, com boas funções respiratória e renal, necessitando ainda de cuidados cardiológicos e fisioterapêuticos e de uma pendência de investigação da causa-base da situação. Primeiro sempre lutamos pela vida para depois investigar a fundo o motivo do problema. Fizemos um esquema de investigação empírica. Tratamos o caso como infecção, mas não encontramos nenhuma bactéria culpada”, explicou Dr. Rodrigo, destacando que “foi um quadro muito complexo, mas que conseguimos obter sucesso junto à infraestrutura do hospital e do crescimento da equipe como um todo”.

Dr. Leonardo Pontes de Lima também destacou os esforços do HCTCO para conseguir atender a todas as necessidades do paciente. “Fernando foi um paciente atípico desde o começo. Evoluiu com potencial de gravidade altíssimo ao longo da internação e o fato de vê-lo melhorar e de todo esforço feito para que fosse viabilizado tudo o que estávamos buscando pra ele foi muito bom. Demandou muita força de toda a equipe para o que ele precisava, como diálise 24 horas e esquemas terapêuticos que fugiam da rotina. A forma como ele evoluiu e a força que ele empenhou para melhorar foram muito especiais”, relata Dr. Leonardo.

Para Fernando, agora é tempo de se cuidar para poder voltar ao trabalho e se dedicar ainda mais à família. A esposa Juliana está grávida de 4 meses, do primeiro filho do casal e adiantou que, se o bebê for um menino, irá se chamar Henrique, em homenagem ao cirurgião que operou Fernando. “Tive muita sorte com os médicos e com a equipe que me acolheram. Eles foram muito competentes. Passei por momentos difíceis, mas estive nas mãos das pessoas certas e sou muito grato. Estou doido para voltar a trabalhar e para curtir o meu bebê, que foi muito desejado e que em breve vai nascer”, celebrou Fernando.

No dia da tão aguardada alta, o paciente foi muito aplaudido. Amigos e familiares o aguardavam na porta do hospital para uma grande comemoração, que emocionou a Fernando e a todos os presentes.

Por Juliana Lila


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