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CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Superação: Felipe Chaves ficou entre a vida e a morte no HCTCO e hoje é maqueiro na unidade

20-04-2023

A história de Felipe Chaves é comovente. Comove porque é uma história de superação, de conquistas, de acasos e de muita gratidão. Felipe, há sete meses, ocupa a função de maqueiro do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO), mas a relação dele com a unidade de saúde vem desde 2012, quando sofreu um acidente de moto que o deixou entre a vida e a morte.

Na época, Felipe tinha 17 anos. O acidente foi em São José do Vale do Rio Preto, sua cidade natal. Ele foi encaminhado em estado gravíssimo ao HCTCO, com traumatismo craniano encefálico e traumas torácico e ortopédicos. Ficou em coma por 90 dias e, nesse ínterim, desenvolveu pneumonia, derrame pleural, infecção no derrame pleural e paradas cardíacas. Foi necessário drenar os dois pulmões dele, através de um procedimento cirúrgico invasivo. Após o procedimento, Felipe começou a melhorar, a responder aos antibióticos, porém teve que passar por uma traqueostomia.

Felipe em recuperação“Era um caso com prognóstico muito reservado, ele tinha múltiplas lesões, geralmente esse tipo de paciente vai a óbito por conta da quantidade de traumas. Ele ficou bem grave no CTI. Nesse período ele evoluiu com um emagrecimento significativo e com perda de massa muscular, e, após sair do CTI, passou por um intenso processo de reabilitação. O caso dele é emblemático para nós. Foi uma intervenção divina, primeiro para tirá-lo de um quadro gravíssimo, e a intervenção de uma equipe grande do HCTCO para ele reabilitar. É um caso que nos deixa muito feliz”, contou o Dr. Washington Milesi, cirurgião-geral do HCTCO.

A recuperação de Felipe contou com muitas sessões de fisioterapia motora e respiratória. “Felipe passou por momentos realmente difíceis. É muito gratificante hoje tê-lo aqui com a gente. Lembro-me muito da família dele, preocupados com a recuperação, que também foi bem difícil. A fisioterapia esteve presente desde a ventilação mecânica. É um milagre ele hoje estar andando e forte. O caso dele deixou clara a importância da fisioterapia na recuperação do paciente desde a fase hospitalar”, relata Karla da Costa Braz Oti, coordenadora da Fisioterapia do HCTCO.

A situação de Felipe e de sua mãe, que não saía do seu lado em nenhum momento, comoveu a todos, inclusive a uma moça que, em visitas constates a um parente internado na mesma época, acabou fazendo amizade com a mãe de Felipe e passou também a visitá-lo com frequência. A moça hoje é esposa de Felipe e espera a primeira filha do casal.

No ano passado, Felipe participou de um processo seletivo do HCTCO para uma vaga para Pessoa com Deficiência (PcD), o acidente deixou-o com uma sequela motora física, com o caminhar mais lento e encurtamento de membro. Os recrutadores não sabiam da relação dele com a unidade de saúde. Por fim, Felipe foi contratado e hoje atua de forma empática com os pacientes, sendo muito atencioso e passando mensagens positivas, afinal, já esteve também do outro lado.

“Fiz uma carta agradecendo ao Dr. Washington. É Deus lá em cima e ele aqui na Terra. Mesmo depois da alta, eu vinha visitar a equipe umas duas vezes no ano, nunca deixei de ter contato, sempre tive muita gratidão por todos. Depois de um tempo, minha esposa me falou da vaga de emprego no HCTCO, e enviei o meu currículo. Hoje, trabalhando no hospital, depois de tudo o que passei, posso dizer que sei lidar com o paciente, pois já estive no lugar dele. Procuro passar tranquilidade e positividade”, diz Felipe.

Ao todo, ele ficou cerca de cinco meses internado. Quando perguntamos sobre esse período da sua vida, Felipe resume em uma única palavra: gratidão. “Esse hospital me deu de volta a vida e vai dar a vida à minha filha. Não tenho nem palavras, só sinto gratidão”, compartilha.

Agora, Felipe está focado na carreira e na chegada da filha. Em breve, ele disse, vai buscar se especializar e fazer uma graduação na área da Saúde.

Abraçando as diferenças

A Fundação Educacional Serra dos Órgãos (Feso) valoriza a diversidade e promove a inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD) através do programa “Abraçando as Diferenças”. Felipe ingressou no hospital pelo programa.

“Divulgamos em todas as nossas unidades a captação de currículos de pessoas que têm deficiência para diversas vagas e diversos níveis de formação e de conhecimento. Chamamos os candidatos para conversar e para entender como podemos adaptar a deficiência à nossa realidade, assim como fizemos com o Felipe. Buscamos uma vaga em que ele tinha condição de atuar e de se desenvolver. Fazemos a inserção das pessoas sempre preocupados com a reponsabilidade social, com a questão ética e com a saciedade de Teresópolis”, explica Martza Albuquerque, chefe de Recursos Humanos da Fundação Educacional Serra dos Órgãos (Feso).

Interessados em trabalhar na instituição podem enviar o currículo para o e-mail: trabalheconosco@unifeso.edu.br.

Por Juliana Lila


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