A geotecnia é o campo da Engenharia Civil que estuda os solos, as rochas e os impactos das ações do homem neles. Seja na contenção de ocupação de encostas; no gerenciamento de problemas como o acúmulo de materiais, como o lixo; na prevenção de desabamentos, deslizamentos e desmoronamentos; e na preservação dos lençóis freáticos, a geotecnia, em todas as suas vertentes, tem ganhado cada vez mais destaque, conforme a causa ambiental vem gerando mais preocupação no decorrer dos anos.

E, com a formação de profissionais preparados para atuar nesta área, a ideia é eliminar e minimizar essas situações de forma sustentável e segura para a população, sem degradar o meio ambiente. Uma missão que só é possível com o estudo geotécnico de uma área, para evitar esses e muitos outros problemas.

“Se tomarmos como exemplo onde estamos, a Região Serrana do Rio de Janeiro, percebemos que eventos naturais de escorregamentos e alagamentos são muitos significativos, matam pessoas e causam prejuízos. Muitos destes episódios poderiam ser evitados se não houvesse tantas áreas de risco. E as áreas de riscos, vias de regras, são induzidas pela ocupação inadequada e pela falta de fiscalização. Isso requer diversos cuidados e interferências do poder público no sentido de gerenciar para que esses incidentes não aconteçam”, explica o professor Heleno Miranda, coordenador do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso). 

Segundo ele, “a finalidade do estudo da geotecnia é criar cultura e conhecimento dos potenciais riscos e das fragilidades que o ambiente apresenta, de forma que os engenheiros possam projetar, com qualidade, uma obra. Este ponto é muito importante porque a obra, quando não é bem executada e não há uma investigação geotécnica adequada, induz uma área de risco, por interferir inadequadamente no meio ambiente”, alerta o professor Heleno.

Por isso, ele defende a necessidade da análise do solo, assim como uma bateria de investigação para fazer a intervenção adequada, para se obter a implantação de uma obra segura. E, em função de o curso de Engenharia Civil do Unifeso estar em uma região que apresenta este nível de risco, a carga horária de estudos da geotecnia é mais alta. 

“A ideia é que se tenha uma formação mais intensa nesta área com os engenheiros, visando, a longo prazo, uma minimização dessas interferências de risco, seja na implantação de um loteamento, seja na gestão territorial do município, na revisão do plano diretor que vai induzir o crescimento do município para algumas áreas ou não, ou seja, a importância do conhecimento nesta área de geotecnia está muito ligada à diminuição destes riscos. E este conteúdo teórico e prático que trabalhamos com os alunos é um dos grandes diferenciais do nosso curso”, destaca o coordenador. 

Heleno ressalta, ainda, as importantes parcerias para a melhor formação dos alunos, alinhadas com órgãos, como a Defesa Civil e a Prefeitura Municipal de Teresópolis, com atividades de estágios e de extensão, como o Proteger Teresópolis. “Os alunos passam a ter contato com uma realidade, que normalmente não conhecem, o que vem a ser valioso para a vida profissional deles”, observa o professor Heleno. 

Inscrições abertas para 14 graduações

Estão abertas as inscrições para o Vestibular Unifeso 2022.1. O processo seletivo pode ser feito através das modalidades de Redação On-line e Enem. Quem se matricular na Engenharia Civil para este primeiro semestre ganha, automaticamente, 50% de bolsa na mensalidade, durante todo o curso. Confira o regulamento e inscreva-se.



Por Giovana Campos