No dia 5 de outubro, estudantes do curso de Direito do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) que integram o projeto de extensão DACHT Social, o Café Teatro Filosófico, apresentaram, no Tribunal do Júri, uma adaptação da peça teatral "O Julgamento de Otelo", de William Shakespeare.
O projeto tem como principais objetivos incentivar a formação cultural do corpo discente do curso, com atividades voltadas à leitura e ao debate de consagrados autores de textos teatrais, além de associar o conhecimento acadêmico a ações voltadas para a comunidade em geral, a partir de um processo educativo e cultural.
Além dos estudantes e professores do curso, compareceram à apresentação a professora Vivian Paim, diretora acadêmica de Ciências Humanas e Tecnológicas; o professor Ayrton Rebello, de teatro do CCFPA; e o professor Jorge Bragança, presidente do conselho do Centro Cultural Feso Pro Arte.
A atividade acontece na Feso Pro Arte desde 2020, inicialmente em uma plataforma, com finalidade educacional por conta da pandemia. Passadas as restrições, os encontros passaram a ser presenciais, na Pro Arte. Além da tradicional leitura dramatizada, os estudantes tiveram a iniciativa de montar uma encenação, apresentada na última sexta-feira, dia 6 de outubro.
O Dr. Jorge Bragança admitiu estar muito orgulhoso com a iniciativa dos estudantes, e explicou: “começamos o Café Teatro Filosófico há pouco mais de dois anos, comentando, a cada mês, uma peça de teatro, sobre autores brasileiros e estrangeiros. Exploramos muito Shakespeare, mas também exploramos outros italianos, franceses, enfim, quase todos. E do nacional, os grandes autores, como Nelson Rodrigues. Tem sido um sucesso, contabilizando um grande número de visitas no Youtube”, disse o Dr. Jorge, que também é advogado. Ele ainda fez uma observação muito pertinente aos estudantes: “Todo desastre e drama humano estão dentro destas peças, e é impressionante como elas têm aspectos jurídicos importantes. É um exercício de Direito fantástico”, notou o Dr. Jorge.
“A leitura dramatizada é um exercício que todo profissional de teatro faz e, com o tempo, ela se torna mais dramática”, contou o professor Ayrton, destacando que o principal objetivo é abrir o texto para as pessoas. Ele elogiou os estudantes, frisando que houve grandes avanços na leitura de cada um.
Por Giovana Campos
