Um dos desafios encontrados hoje no mercado de desenvolvimento de software são os padrões e práticas para se escrever códigos de boa qualidade, favorecendo a leitura e a manutenção dos mesmos. Desta forma, o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), através do curso de Ciência da Computação, recebeu, no dia 4 de outubro, Johnathan Fercher da Rosa, que proferiu, no VIII Congresso Acadêmico-Científico do Unifeso (VIII Confeso) a palestra “Como escrever bons códigos”.
O conferencista é graduado em Ciência da Computação pela Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (2015) mestre em Robótica pelo Instituto Militar de Engenharia; está na área de desenvolvimento de software há sete anos, com passagem por empresas como Uber, Mercado Livre e Gympass, onde trabalha atualmente.
“A ideia é mostrar a vocês a qualidade de código e o que devem fazer para construírem códigos legíveis, que resolvam o problema e que sejam fáceis de se dar manutenção com o tempo. Apesar de parecer um tema simples, quando o desenvolvedor coloca muitas camadas, quando lidamos com software empresarial e os projetos começam a ficar grandes, é necessário ter muito cuidado na forma de trabalhar”, explicou Johnathan.
Ele disse que são muitos os desafios na área, mas que a parte de lidar com as pessoas é a mais difícil. “A tecnologia a gente domina, mas o problema é que o código que escrevemos hoje será revisado por outra pessoa amanhã, que provavelmente terá um background diferente do seu. Então, é necessário encontrar um meio termo para manter a estrutura funcionando. Se você não escreve um código legível e de fácil manutenção, você está escrevendo um código pra você e não para a empresa. É necessário sempre pensar no coletivo”, destacou.
Para o professor Alberto Torres Angonese, coordenador do curso de Ciência da Computação, o objetivo para o Confeso, este ano, foi trazer palestrantes que contassem suas experiências em grandes empresas. “A ideia das atividades que pensamos para este Confeso foi justamente trazer pessoas que estão no mercado e que utilizam algoritmos que, de fato, são aplicados em empresas de renome. Isso mostra aos estudantes que os conceitos que eles aprendem no curso têm aplicabilidades reais. Achamos relevante que os nossos estudantes vivenciem isso no congresso”, disse.
Por Juliana Lila
