Unifeso - Professor destaca alguns cuidados com animais de estimação durante a pandemia da Covid-19

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Professor destaca alguns cuidados com animais de estimação durante a pandemia da Covid-19

28-04-2020

Nova York, nos Estados Unidos, foi o primeiro lugar a detectar um caso do novo coronavírus em um animal não domesticado. Não se sabe ao certo como a tigresa Nadia contraiu o vírus, mas os veterinários do zoológico do Bronx acreditam que o tratador, que estava assintomático, possa ter transmitido. O caso chamou a atenção e preocupou donos de pets. Afinal, podemos transmitir o vírus aos nossos bichos de estimação? E eles, podem transmitir para nós?

Segundo o professor Rafael Rempto, coordenador da Clínica-Escola de Veterinária do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), a tigresa diagnosticada com Covid-19 foi um caso isolado e que ainda deve ser mais estudado. “Surgiram recentemente alguns cães e gatos também diagnosticados, mas, de acordo com as notícias, também foram casos isolados. Os exames realizados pra se chegar a esse diagnóstico devem passar por questionamentos, como por exemplo: alguns exames detectam a resposta imune dos animais, e outros, a presença da partícula viral. No caso apontado, a tigresa teve contato com o tratador, que era portador assintomático, com isso, era esperado a partícula viral ser encontrada”, explicou Rafael.

Vale lembrar, de início, que os coronavírus são uma família viral conhecida desde a década de 1960. Certos tipos de coronavírus podem infectar peixes e aves, outros têm como alvo os mamíferos. Aí que os pets entram. Existem, por exemplo, o coronavírus canino (CCoV) e o coronavírus felino. Ambos os vírus são transmitidos entre as próprias espécies e não infectam humanos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que, até agora, não há evidências de que cães ou gatos podem ter sintomas de Covid-19, assim como acontece com os humanos. Da mesma maneira, organizações são taxativas em dizer que não há qualquer indício que uma vez infectados, animais possam passar o vírus à frente, contaminando seus donos. 

“Contudo, regras básicas de higiene devem ser adotadas, pois mesmo não havendo estudos que comprovem que os animais podem levar o vírus para casa, existe o risco, principalmente, para os animais que fazem passeios nas ruas. O ideal é, antes de entrar em casa, higienizar as patas com água e sabão, sabão esse específico para pets”, destacou o professor.

Segundo Rafael, o que se aconselha, no momento, é a atenção redobrada com a saúde dos cães e gatos para que não necessitem de atendimento veterinário. “É importante evitar trocar a alimentação, para não provocar vômitos e diarreias, e passeios à rua. Em caso de urgência, recomenda-se que somente um responsável leve o animal para atendimento, evitando, com isso, aglomerações. Lembre-se que a melhor pessoa para esclarecer dúvidas sobre o assunto é um médico veterinário de sua confiança”, ressalta o coordenador.

Por Juliana Lila

Outras Notícias






Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.