A Prefeitura de Teresópolis, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, publicou no último dia 20 maio o resultado da etapa de entrevistas dos projetos selecionados por comissão avaliadora do Edital de Fomento de Projetos com Base Tecnológica de Teresópolis (InovaTerê), que foram ao Pitch na primeira quinzena deste mês. Os projetos IPC-Agro (Danilo Amaral da Fonseca), Plataforma da Educação Básica de Teresópolis (Valéria de Oliveira Brites), Painel da Sífilis: visibilidade para uma epidemia silenciosa (Isabela Monnerat), Oficinas para lidar melhor com as dificuldades dos alunos portadores de deficiência (Laís de Oliveira) e Educação financeira mirim (Roberta Montello Amaral) estão entre os nomes que representam o Centro Universitário Serra dos Órgãos e foram contemplados.
A entrega dos Certificados de Participação para os autores dos projetos contemplados acontece durante o ‘InovaTerê Day’, no próximo dia 4 de julho, a partir das 19h, no Teatro Municipal, na Prefeitura. O chamamento público prevê investimentos de R$ 195 mil para apoiar e fomentar projetos que promovam o empreendedorismo na área da inovação tecnológica em Teresópolis. O Edital de Fomento de Projetos com Base Tecnológica elencou os procedimentos para a apresentação, análise, seleção e apoio econômico e financeiro a empreendedores titulares de projetos de inovação com base tecnológica que propusessem a solução de problemas nas áreas de Agricultura, Educação, Turismo e Governo Digital, desde que estivessem em consonância com um dos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável do Milênio, da ONU.
A professora Roberta Montello Amaral, diretora na Direção de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE), destaca que grande parte destas propostas oriundas do Unifeso fazem parte dos projetos aprovados para o Plano de Iniciação Científica e Pesquisa - PICPq do Unifeso, para o biênio 2022/2023. A diretora, que também teve o seu projeto selecionado no pitch, traz a proposta da “Educação Financeira Mirim”. Segundo ela, o projeto é voltado para estudantes do Ensino Fundamental I. “Hoje, quando pensamos em educação financeira para as crianças, deparamo-nos com uma lista de compras e de contas relacionadas à soma e à subtração, por exemplo. No entanto, o meu projeto trata da educação financeira de uma forma que se aproxima muito das situações econômicas que estamos vivendo, tentando reproduzir, de forma bem lúdica, o mercado de trabalho e o mercado econômico. A ideia é que se desenvolva um instrumento em que as crianças tenham uma lista de regras que precisam cumprir, e que este cumprimento seja ‘remunerado’. Então, elas serão orientadas a não gastar este capital, de forma que aprendam sobre juros entre outras taxas de rendimentos”, revela a professora Roberta.
Outra proposta é o "IPC-Agro", do professor Danilo Amaral da Fonseca, que visa construir, em parceria com os docentes do Unifeso, uma base de dados robusta com preços de produtos relacionados ao Agronegócio, que são comercializados nos principais mercados de Teresópolis. “O objetivo principal é criar um metodologia de cálculo para conseguir medir a inflação do Agronegócio no município de Teresópolis, por isso o IPC: o Índice de Preço ao Consumidor. A construção deste índice tem como inspiração o IPC-Feso, que é feito hoje pelos estudantes dos cursos de Administração e de Ciências Contábeis do Unifeso e funciona desde 2003, sendo o único indicador de preços no interior do estado do Rio de Janeiro”, explica o professor Danilo.
Entre as melhores pontuações, está a proposta da professora Valéria Brites, que teve aprovada a ideia da "Plataforma da Educação Básica de Teresópolis: PEB – Terê", voltada para o desenvolvimento de uma plataforma que avalia o desempenho dos estudantes do Ensino Fundamental II de uma forma inovadora, comparando com os estudantes da região vizinha e/ou com os municípios do estado, tendo uma base de dados para tomada de decisão pelas autoridades da educação municipal. “Atingir o objetivo de acompanhar profundamente o desempenho dos estudantes da rede municipal em disciplinas tão essenciais para qualquer cidadão, como português e matemática, é ter um ganho infinito. O benefício de uma educação de excelência é um bem intangível e é uma das metas inseridas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030 – ODS, que traz a Educação de Qualidade como um de seus objetivos”, defende Valéria. Ela acredita que a iniciativa do InovaTerê é extremamente positiva para o município, por levar o cidadão teresopolitano a pensar nos problemas da cidade e a se envolver com eles, já que pode ajudar a solucioná-los ou minimizá-los através de propostas inovadoras. "Ao apoiar iniciativas que possam promover o empreendedorismo em busca da inovação tecnológica, o município estimula o desenvolvimento sustentável nos diversos setores da sociedade, o que possibilita a criação, a sustentação e o crescimento de negócios inovadores focados nos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável do Milênio (da ONU) na construção de uma cidade melhor, mais justa e sustentável”, nota Valéria.
Por Giovana Campos
