O 10 de setembro foi o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, mas o alerta sobre os sinais que levam alguém a tirar a própria vida devem permanecer o ano inteiro. Para chamar a atenção de estudantes e colaboradores para esta questão, bem como passar informações e reflexões sobre a saúde mental, durante este mês de setembro, o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), através do Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Acessibilidade (Nappa), realiza ações na Instituição.

Este ano, frases automotivacionais foram espalhadas no Nappa como ‘mimos’ para os estudantes, que param para ler e, inclusive, procuraram se aprofundar e conversar sobre as mensagens. 

 “Nosso trabalho é feito durante o ano todo com a questão da escuta das necessidades dos estudantes e, muitas vezes, as psicólogas conseguem ajudar os estudantes. No entanto, no mês de setembro buscamos chamar a atenção no setor para pontuar a necessidade do estudante procurar essa ajuda no momento em que ele precisa ter este acompanhamento”, ressalta a professora Gicelle Faissal, pedagoga responsável pelo Nappa. 

Segundo a pedagoga, este trabalho que o setor faz na acolhida e na demanda emocional dos estudantes tem surtido efeito e, com estas ações mais pontuais realizadas nestas datas, fortalece o trabalho das psicólogas e faz um reforço ao acadêmico no sentido de que fique ciente de que pode contar com um espaço na Instituição que o acolhe e oferece o suporte que ele venha a precisar. “Mesmo o atendimento remoto tem dado bons resultados”, frisa Gicelle. Nos últimos três anos, por exemplo, o setor teve uma média de 650 atendimentos anuais. 

Este trabalho vem do entendimento da importância de cuidar da saúde mental e do ambiente onde o estudante está inserido. “Com a pandemia, tudo isto se intensificou, todos passaram a conviver mais próximos e isso acabou desencadeando, em muitas casas, agressividades. Os estudantes se viram muito presos, distantes do convívio social e das amizades da faculdade”, conta Gicelle. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o contexto da pandemia de Covid-19 vem sendo apontado, por diversos países e organizações científicas, como um alerta para um aumento ainda maior nas ocorrências de suicídio e automutilação, devido ao agravo de riscos psicossociais, medo do contágio, ansiedade, isolamento social, luto e estresse das tensões relativas à infecção. O momento e seu impacto na sociedade são mundialmente estudados, especialmente no âmbito da saúde, educação, economia e em demais questões sociais.

Atendimento

O Nappa disponibiliza atendimento para as demandas dos estudantes com dificuldades psicopedagógicas e/ou necessidades especiais, garantindo o acesso e o acompanhamento das atividades acadêmicas. O Nappa é composto por psicólogo, fonoaudiólogo e pedagogo. Todos os profissionais estão capacitados para realizar o acolhimento e a escuta da demanda dos estudantes, docentes e funcionários. O atendimento psicológico prima pela escuta terapêutica a partir da elaboração da fala, sendo respeitado o sigilo, inerente à profissão. Não se trata de um atendimento psicoterapêutico, já que um dos objetivos é o rendimento acadêmico dos estudantes. 

Confira quais são os serviços prestados pelo Nappa: 

- Acompanha o processo de ingresso, adaptação e permanência no ensino superior; - Aprimoramento contínuo da autonomia pessoal e acadêmica; - Organização do horário dos estudos; 

- Autocuidado físico e mental: alimentação, sono, atividade física, lazer;

 - Atua no processo do ensino e da aprendizagem, abordando as questões que dificultem a trajetória do estudante no seu curso;

- Realiza o atendimento psicopedagógico, a partir das demandas apresentadas. Quando necessário, encaminha o estudante para um atendimento externo específico. 

Os estudantes que necessitarem poderão solicitar o serviço pelo endereço acolhimentonappa@unifeso.edu.br. No Nappa os docentes e funcionários também encontram um ambiente de suporte e apoio, sejam eles voltados para as questões educacionais ou psicológicas. O setor também promove eventos e ações de orientação para todos da instituição.



Por Giovana Campos