A trajetória da Fonoaudiologia acompanha a própria história da comunicação humana. Desde os registros nas cavernas até os discursos que influenciaram sociedades na Antiguidade e na Idade Média, a expressão oral sempre exerceu papel decisivo. No site do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) dados históricos trazem esclarecimentos sobre a evolução de uma das áreas que mais cresce na saúde. Confira aqui fonoaudiologia.org.br/historia-da-fonoaudiologia/.
O conteúdo conta que, entre os grandes oradores, Demóstenes é lembrado como um precursor da área por desenvolver métodos próprios para aprimorar a fala — práticas que hoje se assemelham a técnicas terapêuticas. No Brasil, a história da fonoaudiologia se entrelaça com a própria construção da identidade linguística nacional, marcada pela miscigenação e pela valorização do português. O processo levou ao surgimento de práticas escolares de correção da fala e, posteriormente, à atuação especializada em prevenção e reabilitação.
No início do século XX, professores passaram a ser capacitados por Augusto Linhares em reabilitação de voz e fala, dando início à atuação sistemática nas escolas. Nas décadas seguintes, cursos de Logopedia formaram os primeiros “terapeutas da palavra”, ampliando o escopo da área para a clínica com influências da Medicina e Psicologia. A partir de 1960, universidades instituíram cursos que consolidaram a formação profissional no Brasil.
A regulamentação da profissão veio em 1981, com a Lei nº 6.965, que definiu as atribuições do fonoaudiólogo e criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fonoaudiologia. Desde então, a profissão se expandiu e hoje o Conselho Federal de Fonoaudiologia reconhece quinze especialidades: Audiologia, Linguagem, Motricidade Orofacial, Voz, Disfagia, Fonoaudiologia do Trabalho, Fonoaudiologia Hospitalar, Fonoaudiologia Neurofuncional, Gerontologia, Fonoaudiologia Educacional, Fluência, Neuropsicologia, Perícia Fonoaudiológica e Otoneurologia, atuando em diversos cenários e demandas sociais. Outras especialidades estão em estudo. Além das especialidades reconhecidas, a Fonoaudiologia atua em diversas áreas e em todos os cenários de prática.
O fonoaudiólogo hoje
Atualmente, o fonoaudiólogo é essencial no cuidado em saúde, atuando na promoção, prevenção, diagnóstico e reabilitação das funções de comunicação e deglutição. Sua atuação envolve todas as fases da vida e integra equipes multidisciplinares. Um ponto de destaque é o trabalho com pessoas neurodivergentes, como indivíduos com TEA e TDAH, valorizando diferentes formas de comunicação e promovendo inclusão.
Oportunidade de qualificação
Para o ano de 2026 o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) vem com uma grande novidade: o curso de Fonoaudiologia, que será oferecido nos campi Quinta do Paraíso e Sede, na modalidade semipresencial. A formação inclui estágios obrigatórios, disciplinas práticas em laboratórios, atividades extensionistas e aulas síncronas no AVA. O Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO), o Centro Integrado de Atenção à Saúde (CIAS) e os convênios com a rede pública de saúde prometem garantir campos reais de estágio e inserção no SUS, que vão preparar os estudantes para os desafios e demandas da carreira. As inscrições estão previstas para começar em dezembro de 2025, através do site do Unifeso. Os interessados podem registrar o interesse através do formulário: unifeso.apprbs.com.br/fonoaudiologia
Por Giovana Campos
